Jesus Cristo nunca escreveu nada durante sua vida.
Os que viviam ao seu lado - os pobres e
marginalizados - não sabiam ler e escrever.
Eles faziam o que todos faziam :
perguntavam e contavam histórias.
“Você
conheceu Jesus ?”
“O que ele fazia
?”
“Você estava presente em tal lugar ?”
“Lembra o que ele falou ?”
“O que ouvi foi isto...”
As histórias sobre Jesus não foram transcritas
para o papel por décadas.
Jesus morreu pregado numa cruz por rebeldia e por
intitular-se “Rei dos Judeus”.
Os romanos, que dominavam a Judéia desde 63 aC.,
assim procediam com os insurreitos : a crucificação era uma humilhação pública
e uma brutalidade humana.
Morto o
rebelde, tudo terminaria.
Mas o
cristianismo aí está :
o que aconteceu ?
O cristianismo propriamente começa com um grupo de judeus
que seguem os ensinamentos de Jesus de Nazaré.
No inicio não havia nenhum
evangelho, nem bíblia cristã.
A palavra ‘bíblia’
é grega e significa ‘livros’ ;
‘biblos’ é ‘papel’ ;
‘biblos’ é ‘papel’ ;
‘biblion’ é
‘livro’.
Acreditam que o mais antigo evangelho, o de MARCOS, foi escrito pelo
ano 70 dC, isto é, 40 anos após os eventos acontecerem.
Imagine alguém escrevendo sobre você 40 anos
após sua morte :
quantos fatos serão esquecidos,
desprezados,
ou incertos
!
Tudo vai depender da memória de quem
está redigindo, de suas lembranças ou de quem as contou a você.
Vários escritores, em 150 dC, mencionam a existência de muitos
evangelhos.
Lá pelo ano 200 dC havia pelo
menos 50 ... entre eles o de PEDRO, FELIPE, de MARIA MADALENA, de TOMÉ, de JUDAS...
O que foi que aconteceu com eles ?
Por que, tradicionalmente, só existem quatro
?
A resposta está na política.
O homem que determinou o conteúdo da bíblia cristã tinha
interesses poderosos, que tinham pouco a ver com religião.
Em 312, o imperador romano CONSTANTINO, um politeísta, disse ter visto
no céu uma cruz com a inscrição, em latim, que dizia "Com este signo vencerás”, durante a Batalha da
Ponte Mívia !
Depois dessa sua vitória na
disputa pelo trono, ele se converte ao cristianismo e publica o Edito de Milão,
declarando-o religião semi-oficial do Estado Romano.
Em 380 ele se faz batizar e em 391 abole o
paganismo.
Para unificar o Império, que
estava todo desmantelado, ele quer também controlar essa nova religião, que era
muito mal organizada :
uma coleção de igrejas (semelhante ao que existe hoje) com
crenças e escrituras diversas.
Sabemos
que os romanos eram especialistas em organização.
Em 325, Constantino convoca o Concílio de Nicéia, com o
objetivo de tecer a doutrina básica do cristianismo :
reúne os líderes
religiosos e poderosos para organizar uma religião cristã formal, adotando o
modelo de organização do Império Romano.
Ele está interessado na unidade e que
a religião forneça a base ideológica para o Império.
Unificar a fé, religiosa e
politicamente, sob o controle firme do imperador.
Ele estabelece o cristianismo ortodoxo, com toda sua hierarquia e redefine como Deus deve ser entendido.
Entenda :
ele usa Deus
fazendo-O protetor do Estado e usa a religião para os seus interesses de
unificação e governo.
Nesse contexto, ele unifica também os evangelhos :
limita
os que ele considera apropriados, aceitáveis.
Ele encomenda uma cópia de 50 bíblias cristãs contendo apenas os EVANGELHOS segundo MARCOS, LUCAS, JOÃO e MATEUS.
E mais tarde, sob o imperador TEODÓSIO (395), todos os demais evangelhos foram considerados heréticos
e tiveram de ser banidos, queimados ou enterrados :
seus seguidores foram
presos e executados.
O Arcebispo
ATANÁZIO, de Alexandria (Egito) anunciou :
"Está
na hora de jogar fora os livros heréticos e ler apenas os livros bíblicos !”
Mas o que estava escrito nesses evangelhos repudiados ?
O que os tornava tão ameaçadores que tiveram
de ser banidos dessa maneira ?
Ninguém
soube a resposta !
2.000 ANOS DEPOIS ...
Em 1886, nas areias de Nag-Hammadi, Alto Egito, arqueólogos
franceses descobrem o caixão de um monge enterrado no Século VIII.
Ele segura
um livro de folhas de papiro, escrito em língua copta, que desejou levá-lo
consigo à outra dimensão da vida :
o EVANGELHO
DE PEDRO.
As análises científicas e o teste do Carbono-14 datam-no em
700 dC : 7 séculos após a morte de Pedro.
Um antigo bispo que viveu na atual Turquia
mencionou a existência desse texto por volta do ano 190 dC., portanto, inicio
do Século II.
O livro conta uma visão muito diferente da vida de Jesus.
Um
material altamente diferente.
Narra o que aconteceu no momento da ressurreição
de Jesus.
A descrição começa na terceira manhã após sua morte e sepultamento.
Os
soldados romanos que vigiavam o túmulo por ordem de PILATOS, explicam o que
viram :
“O túmulo foi aberto e dele saem dois seres luminosos, que
estão amparando um terceiro, que é Jesus. Eles se erguem, radiantes, após as
nuvens do céu e atrás de Jesus surge do túmulo a imagem da cruz e uma vóz
profunda, vinda do céu, lhes diz : ‘Vocês
rezaram por aqueles que estão adormecidos ? ’ E a resposta veio da cruz."
É o único evangelho que descreve a ressurreição.
Os outros
não contam esse detalhe.
Por que desacreditá-lo ?
É místico ?
É um texto muito suspeito, de
coisas fantasiosas, difíceis de acreditar ?
Pedro foi o líder escolhido dos apóstolos.
No Século XX outras descobertas espantosas : os EVANGELHOS de
TOMÉ,
MARIA MADALENA e
JUDAS - revelam uma abordagem diferente da espiritualidade e de Jesus - uma versão do cristianismo que um dia ameaçou a base da própria fé.
TOMÉ,
MARIA MADALENA e
JUDAS - revelam uma abordagem diferente da espiritualidade e de Jesus - uma versão do cristianismo que um dia ameaçou a base da própria fé.
Em 1945, também nas areias de Nag-Hammadi, um outro tesouro
de 1.800 anos : guardados e enterrados num pote de barro lacrado, 52 títulos
escritos em copta sobre papiro :
os ATOS DE PEDRO,
o APOCALIPSE DE TIAGO,
o EVANGELHO DE TOMÉ.
o APOCALIPSE DE TIAGO,
o EVANGELHO DE TOMÉ.
A descoberta arqueológica desses evangelhos perdidos mudam
para sempre a história do cristianismo.
O EVANGELHO DE TOMÉ
é um documento fascinante, traduzindo do grego para o cóptico as palavras de Jesus.
é um documento fascinante, traduzindo do grego para o cóptico as palavras de Jesus.
No Evangelho de Tomé (datado pelo C-14 entre 300 e 400 dC), Jesus
transmite uma estranha mensagem, um ensinamento secreto muito diferente dos
contidos nos evangelhos tradicionais, que dizem ser Jesus o único ‘Filho de
Deus’.
O Evangelho de Tomé sugere que todos nós podemos nos tornar filhos de
Deus :
“Quando conhecerdes a vós mesmos, então sereis conhecidos - eis
que sois filhos do Pai vivo”. “O divino está em ti, pois fomos criados à imagem
de Deus”.
Prega uma relação pessoal com Deus, uma continuidade entre o
divino e o humano, sem a necessidade de igrejas organizadas e hierarquizadas
... e isto feria os planos de CONSTANTINO.
Partes do Evangelho de Tomé podem remontar aos primórdios da
Igreja.
Ele só contém as palavras de
Jesus : não há milagres nem histórias sobre Jesus.
Isso significaria que está
mais próximo da mensagem de Jesus ?
Veja :
https://textosparareflexao.blogspot.com/2008/12/o-evangelho-de-tom-i.html
Veja :
https://textosparareflexao.blogspot.com/2008/12/o-evangelho-de-tom-i.html
Mas o consideram gnóstico
(‘Gnosis’ significa ‘conhecimento secreto’).
Os
gnósticos (‘aqueles que sabem’) foram uma seita antiga do cristianismo, com
ênfase profunda no misticismo, que discordava da hierarquia cristã emergente.
Para quê ter padres e bispos se podiam encontrar a paz de Deus dentro de si- a
verdadeira unidade interior – podendo caminhar seguindo esse Deus interior ?
Os gnósticos alegavam ter o apoio da própria MARIA MADALENA.
A arqueologia no deserto egípcio também trouxe à luz o EVANGELHO DE MARIA (MADALENA) :
uma
discípula amada e não a prostituta arrependida e recuperada.
Ela fazia parte do círculo íntimo.
Numa
sociedade machista o evangelho mais importante foi escrito com o nome de uma
mulher.
Ela detalha as instruções secretas que Jesus contou
apenas a ela :
segredos sobre a vida, a morte e o paraíso.
Nos evangelhos tradicionais a vida ‘post
mortem’ é descrita como um paraíso cheio de alegria.
No de Maria, após a morte,
há uma estranha jornada na qual a alma do morto encontra seres angelicais e
demoníacos, conforme vai seguindo o caminho até o céu.
É apenas para Maria que ele
revela essa jornada secreta.
Pedro reage de forma explosiva :
“Ele realmente falou com uma mulher sem o nosso conhecimento ? Ele a
preferiu a nós ?”
Os apóstolos ignoram a condenação de Pedro :
“Se o
Salvador a fez digna, quem é você para rejeitá-la ?”
Pedro diz a Jesus :
“Maria fala o tempo todo. Devia ficar calada
e nada dizer”.
Pedro está sempre se queixando dela.
Ela tem autoridade
inigualada pelos demais discípulos.
Havia uma espécie de ligação espiritual.
Ela era uma pessoa
de dentro, uma líder, alguém com a habilidade de motivar os outros.
Ela
compreendia o pensamento de Jesus e era capaz de disseminá-lo.
Ela o entendia
perfeitamente, coisa que os outros não faziam.
Ela estava sempre presente e
acompanhava Jesus aonde ia.
Se esse evangelho é verdadeiro, ele é revolucionário e pode
mudar a visão das mulheres na igreja cristã.
Elas, um dia, foram líderes
poderosas da igreja cristã ?
Esse evangelho é mais antigo que aqueles tradicionais ?
Pode
ter sido escrito pela própria Maria ?
O teste do C-14 revelou que foi escrito à
mão no Século V.
Há outros fragmentos muito mais antigos. Sendo ela ou não, há uma perspectiva e uma
vóz feminina a ser revista- e que foi
reprimida nos outros evangelhos.
MARIA- líder e
mulher, é um conceito revolucionário na igreja antiga.
Veja :
https://textosparareflexao.blogspot.com/2012/09/o-evangelho-de-maria.html
Veja :
https://textosparareflexao.blogspot.com/2012/09/o-evangelho-de-maria.html
documento em papiro foi recuperado de um
antiquário do Egito, procedente de NagHammadi.
Em 2.006, ele foi publicado como EVANGELHO DE JUDAS ISCARIOTES.
Foi
datado entre 280 e 330 dC.
Judas passou de ‘traidor’ àquele que realizou a vontade de
Deus.
Ele entregou Jesus aos romanos e era visto como vilão.
No evangelho, a história é transformada numa
história de remorso pessoal.
Jesus
reconhecia Judas como o mais sábio dos apóstolos, um homem muito especial,
esclarecido.
Ele tem o discernimento de quem é realmente Jesus.
Judas diz que Jesus vai entregar apenas seu
corpo físico aos romanos e que ele próprio vai escapar da crucificação e se
elevar ao plano espiritual ( Isto é um claro sinal de raízes gnósticas : eles
não acreditavam que Jesus fosse realmente humano - só
aparentava ser humano... era um espírito ).
E revela ainda que Jesus pediu aos
romanos para ser crucificado !
É uma inversão notável dos evangelhos tradicionais.
Será uma fraude ?
É tão provocador um evangelho de Judas ?
A PECADORA
descreve uma refeição partilhada por Jesus na casa de um fariseu.
De repente
entra uma mulher chorando e carregando um frasco de alabastro cheio de bálsamo.
Ela executa um estranho ritual : lava os pés com suas lágrimas, os enxuga com
seus cabelos, os beija e os unge com o bálsamo.
Tocar um homem que não fosse seu marido, pai ou irmão era
considerado muito bizarro naquela sociedade judaica.
Essa mulher desconhecida
teve um grande impacto na reputação de uma outra mulher : Maria Madalena
(
porque vinha do vilarejo de Magdala
- da mesma forma como Jesus é
chamado Nazareno [de Nazaré] )
MARIA MADALENA
LUCAS 8:1-2
fala
que Jesus “expulsou dela 7 demônios” (que se tornaram os 7 pecados capitais)...
mas não há provas que fosse prostituta :
a Igreja católica associou-a àquela que
lavou os pés de Jesus...porque suas histórias estão muito próximas nos
versículos do Evangelho de LUCAS.
Era incomum referir-se a uma mulher casada por seu lugar de
origem.
O mais comum era usar o nome do homem com quem vivesse: marido, pai ou
irmão.
Usar o nome “Magdala” (Madalena) é forte indício de que não era casada,
não tinha marido nem filhos.
Madalena seria de “Magdala” na Etiópia e não da
Galiléia.
Ela teria pele escura.
Andou por Alexandria, foi à Judéia e conheceu
Jesus.
Seu nome aparece escrito 12 vezes
nos evangelhos aceitos.
Interessante é notar que ninguém sabe o nome das esposas
dos apóstolos !
LUCAS 8:2-3
cita
várias mulheres na comitiva de Jesus :
“Maria,
chamada Madalena (...) e Joana, mulher de Cusa, procurador de Heródes, e
Susana, e outras muitas que lhe assistiam com suas posses.”
Eram
mulheres próximas a Jesus e independentes de suas famílias - tinham
dinheiro para sustentar Jesus.
Madalena
tinha recursos ;
pode ter recebido uma herança, uma certa riqueza;
pode ter sido
uma viúva - e isso lhe dava a liberdade de viajar por
toda a Galiléia e Judéia, acompanhando Jesus a aldeias, cidades e lugarejos.
EVANGELHO DE FELIPE, 63
-
“E a companhia do Salvador era Maria Madalena. Cristo a amava mais que
todos os discípulos”.
Havia entre eles uma relação especial e até íntima.
FELIPE 63:35 -
“E costumava beijá-la na [ buraco no texto ]” – a palavra ‘boca’
encaixa-se perfeitamente... e essa idéia teve um forte impacto sobre o
cristianismo.
O beijo de um homem em uma
mulher que não era sua esposa é proibido no judaísmo tradicional.
A vida romântica de Jesus sofreu um ‘apagão’ total... mas os
leitores modernos acham atraente a idéia de Jesus e Madalena formarem um casal
e até terem um(a) descendente.
Seja como for, ela o acompanhava em todos os lugares,
inclusive na viagem fatídica a Jerusalém, durante a celebração da páscoa
judaica.
Muito provavelmente participou da última ceia junto com Maria, a mãe
de Jesus, eoutras mulheres.
Acompanhou todo o Calvário , ficou ao lado da cruz
durante a agonia, assistiu à morte e sepultamento de Jesus.
Foi a primeira
testemunha da ressurreição, segundo JOÃO
20, ao ver removida a pedra do sepulcro.
A primeira aparição de Jesus foi a
ela :
“Vá e conte que eu ressuscitei” - ele a encarregou de dar a notícia aos discípulos.
No Século III,
Maria Madalena é a rainha dos apóstolos.
Mas logo depois, começa a batalha dos sexos : uma conspiração
chauvinista, uma batalha de difamação contra Madalena, que foi identificada
como amoral.
Apóstola e prostituta : uma
das duas coisas tinha que ser descartada !
Madalena foi rebaixada... e os homens assumiram o comando.
O EVANGELHO DE MARIA foi considerado
gnóstico e banido pela Igreja Católica no Século V.
Como vimos, ele contém evidências do
relacionamento de Jesus com Madalena.
O
‘status quo’ dos concílios e da hierarquia masculina precisa ser mantido : o
homem é superior à mulher - “estarás
sob o poder do marido, e ele te dominará” (Gênesis 3: 16).
Em 1969, o
Vaticano retificou a decisão do Papa Gregório :
Madalena passou de ‘pecadora’ a discípula de Cristo.
O folclore francês diz que Madalena, depois da morte de
Jesus, esteve no Egito e depois foi à França com duas irmãs : Maria e Marta...e uma
‘serva egípcia’, uma menina chamada SARA, com 12 anos de idade - esta
seria a filha secreta de Jesus e Madalena ?
Teriam desembarcado em
Marie-de-La-Mer, um vilarejo na costa sul.
A lenda fala que Sara tornou-se a primeira da linhagem carolíngia dos
reis franceses. Santa Sara é ainda hoje venerada por ciganos e outros povos.
Madalena teria vivido numa caverna, alimentada por anjos,
por 33 anos.
Em meados do Século XI, a igreja de Vézelay localizou a caverna e
as relíquias de Madalena, tornando-se um santuário da cristandade.
Mas os
monges Maximin, na Provença, anunciam possuírem os restos (ossos) de Madalena e
eclipsam Vézelay.
Muitas relíquias de
Maximin se perderam durante a Revolução Francesa... mas o crânio de Madalena ainda é ali exposto numa caixa de ouro e cristal.
Na idade medieval e na literatura romântica do Século XVIII
e XIX, temos a história do Graal (considerado por muitos como sendo o verdadeiro
cálice da última ceia de Cristo). Na França o Graal é Maria Madalena e os
cátaros eram seus guardiões, pois a guardaram no seu convento.
Análise documental :
Todos os documentos antigos são analisados ‘pericialmente’ :
o que é /
de que lugar do mundo ele veio /
pistas no papel e no preparo da tinta, etc.
O perito pesquisador precisa pensar e detalhar todas as coisas que aconteceram com esse documento, ‘entrar’ na cabeça do autor – numa visão invertida de raio-X.
Uma pista pode ser a própria escrita.
Um escriba tinha seus próprios métodos e ferramentas : ele levava consigo seus materiais de escrituração, preparava suas próprias tintas com substâncias sólidas, que moía e adicionava líquido, para poder escrever.
A análise pode apresentar variedades nas partículas moídas.
As próprias fibras do papiro são examinadas.
Se o microscópio 3D revela algo mais consistente, mais puro, é um sinal de material mais moderno.
ADENDAS :
A sociedade em que vivemos usa de novos termos para alterar ou
diversificar o sentido das coisas.
Observe quantas igrejas ditas cristãs existem - e cada qual com a sua própria bíblia... ou com bíblicas que receberam as mais diversas traduções.
Os
textos autênticos originais são em grego, ou aramaico, ou cóptico...que
sofreram traduções para as diversas línguas atuais.
Cada tradutor utiliza o termo que melhor
convém para enfatizar as idéias ou crenças daquele grupo ao qual pertence ou para o qual escreve.
As palavras também nascem, vivem e morrem, sendo alteradas e
substituídas por novos termos e terminologias.
Por exemplo :
A palavra ‘puta’ ou ‘prostituta’ é, tradicionalmente, muito forte, pesada, depreciativa, humilhante.
Usa-se modernamente a palavra ‘acompanhante’, ‘garota de programa’ ou ‘escort’ – quando a moça tem estudo e conhecimentos, também na arte dos prazeres sensuais.
A palavra ‘puta’ ou ‘prostituta’ é, tradicionalmente, muito forte, pesada, depreciativa, humilhante.
Usa-se modernamente a palavra ‘acompanhante’, ‘garota de programa’ ou ‘escort’ – quando a moça tem estudo e conhecimentos, também na arte dos prazeres sensuais.
Hoje a
‘prostituição’ é reconhecida como profissão e tem até carteira de trabalho,
contribuição para o INSS e futura aposentadoria.
Os antigos ‘puteiros’ são atualmente os
‘motéis’ ou ‘hotéis’ ( com quartos rotativos para essa espécie de trabalho e clientela ).
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