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terça-feira, 31 de outubro de 2017

AS RELIGIÕES NO BRASIL : PROTESTANTISMO


por  ANTONIO FLAVIO PIERUCCI

in "O Livro das Religiões" - São Paulo, Companhia das Letras, 2000.









PROTESTANTISMO 
DE  IMIGRAÇÃO




Pode-se dizer que o protestantismo aportou de verdade no Brasil, como um fato bruto inelutável, com a chegada dos imigrantes estrangeiros, muitos dos quais eram portadores de protestantismo em sua própria cultura, em seus usos e costumes, em sua vida cotidiana.

(...)
Isso tem a ver diretamente com o Sul do Brasil.
Antes de mais nada, com os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, para onde se dirigiu e onde de fixou, a partir de 1824, um expressivo contingente de imigrantes alemães.











LUTERANISMO ,  ramo original da Reforma Protestante, criado por MARTINHO LUTERO  (Alemanha), só então chegava ao Brasil. 
Mas chegava para ficar.



MP4



Até hoje o luteranismo continua sendo a maior das denominações protestantes históricas existentes no Brasil.
De inicio, sua principal preocupação era com a preservação de si como patrimônio cultural do imigrante alemão.


O luteranismo trazido para o Brasil pelas sucessivas levas de alemães durante o Império era o protestantismo
falado em alemão,
pregado em alemão,
cantado em alemão.

Os primeiros imigrantes alemães, entre 1824 e 1864, eram assistidos religiosamente por leigos no papel de pastores, mas a partir de 1886 as igrejas da Alemanha passaram a enviar pastores para os diferentes pontos da colonização alemã.



Logo se fundou a  IGREJA EVANGÉLICA ALEMÃ DO BRASIL, que agrupava algumas dezenas de comunidades só no Rio Grande do Sul.

Em 1904, uma missão luterana de norte-americanos deixaria fundada em seu rastro a  IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL, ligada ao Sínodo Luterano de Missouri (EUA).

Depois da 2ª Guerra Mundial, formou-se a  IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL.






Os  ANGLICANOS  e uma parte dos  METODISTAS  também representam casos típicos de protestantismo de imigração.

Os imigrantes anglicanos que aqui começaram a se estabelecer já a partir de 1810 procuravam formar, em torno de seus  'capelães', comunidades religiosas fortemente coesas mas culturalmente retraídas, empenhadas em preservar a língua materna, as tradições e os vínculos de dependência política e financeira em relação às igrejas de origem.

O protestantismo de imigração constituíam verdadeiros enclaves culturais, desinteressados em se abrir para os brasileiros e sem afã proselitista, retardando sobremaneira o processo de  'nacionalização'  dessas igrejas.

Embora  ANGLICANOS  e  EPISCOPAIS  sejam de um mesmo ramo, no Brasil do século XIX eram chamadas   "ANGLICANAS"  só as comunidades de imigrantes britânicos, ao passo que eram ditas  "EPISCOPAIS"  as comunidades resultantes das missões episcopais vindas dos Estados Unidos.
Por isso os episcopais no Brasil se encaixam na categoria de protestantismo de conversão.










PROTESTANTISMO 
DE  CONVERSÃO





Os outros ramos do protestantismo histórico hoje existentes no Brasil aqui chegaram com as  missões :
os  PRESBITERIANOS,
os METODISTAS,
os BATISTAS e
os EPISCOPAIS  provenientes dos Estados Unidos.

Trata-se de igrejas para cá trazidas e aqui implantadas pela palavra de pregadores e missionários enviados apenas com este fim :  converter brasileiros.


A dinâmica do protestantismo de conversão é inteiramente diversa da religiosidade dos conclaves sub-culturais de imigrantes estrangeiros.
Aqui prevalece desde o começo a preocupação em  'nacionalizar' os seguidores e as lideranças, o que só se consegue aumentando constantemente o número de  'brasileiros convertidos'.


As missões evangélicas rumo ao Brasil começaram na metade do século XIX.  Isso significa que houve brechas para tanto na legislação do Império.

Por razões econômicas e diplomáticas, o governo imperial viu-se obrigado a afrouxar as restrições legais no campo religioso e, desse modo, facilitar a entrada de outras igrejas cristãs vindas de países desenvolvidos.


Pioneiras mesmo no trabalho de propaganda evangélica no Brasil foram as  SOCIEDADE BÍBLICAS  de origem inglesa e norte-americana.
E as missões  METODISTAS.



Os metodistas norte-americanos foram praticamente os primeiros a vir em missão evangelizadora.  Aqui chegados em 1835, lançaram-se desde logo ao trabalho de conversão, em meio a resistências e dificuldades de toda ordem, sem muito sucesso entre os brasileiros.


Ao lado das sociedades bíblicas estrangeiras, que em duas décadas  (1850-60) distribuíram dezenas de milhares de bíblias entre os brasileiros, os  METODISTAS também se esmeraram como distribuidores de bíblias.

Dessa obra de difusão das Sagradas Escrituras resultou a criação de uma  IGREJA CONGREGACIONAL  no Rio de Janeiro (1858).



Outras iniciativas missionárias, todas de procedência norte-americana, foram :


- a primeira  MISSÃO PRESBITERIANA 
(1859),
- a  MISSÃO PRESBITERIANA DO SUL DOS ESTADOS UNIDOS 
(1868),
- a  MISSÃO METODISTA EPISCOPAL 
(1870),
- a  PRIMEIRA MISSÃO BATISTA 
(1881),
- a  MISSÃO  EPISCOPAL 
(1889) e
- a  MISSÃO CONGREGACIONAL HELP FOR BRAZIL 
(1893).


Essas missões tiveram como consequência a formação quase imediata de congregações protestantes com forte inclinação proselitista, voltadas claramente para a conquista de mais brasileiros para o protestantismo.



No final do século XIX, já estavam praticamente implantadas no Brasil todas as denominações clássicas do protestantismo :

LUTERANOS ;
ANGLICANOS,  ou  EPISCOPAIS ;
METODISTAS ;
PRESBITERIANOS ;
CONGREGACIONALISTAS  e
BATISTAS.






PENTECOSTALISMO




Nas primeiras décadas do século XX começaram a chegar as igrejas pentecostais.
Em 1910, surgia no Paraná e em São Paulo a primeira igreja pentecostal em terras brasileiras, a  CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL.
e, em 1911, dois missionários suecos fundavam em Belém do Pará a  ASSEMBLÉIA DE DEUS.


Ambas as denominações logo se difundiram pelo país inteiro  e ainda hoje são elas as duas maiores alas do pentecostalismo no Brasil.


Na segunda metade do século XX, a partir dos anos 50, os evangélicos pentecostais cresceram tanto e se diversificaram de tal forma, que acabaram por se tornar amplamente majoritários entre os protestantes brasileiros..
No inicio da década de 90, pelo menos um décimo dos brasileiros adultos era pentecostal (10%), ao passo que os protestantes históricos representavam apenas 3% .
Recentemente o movimento pentecostal passou a se diferenciar em dois tipos, com dois formatos básicos :
os  pentecostais  "clássicos" e
os  "neopentecostais".


As formas de vida religiosa que mais crescem no Brasil são as igrejas pentecostais, especialmente aquelas que já se convencionou chamar de  'neopentecostais'  :  estas oferecem
uma forma de religiosidade muito eficiente em termos práticos,
pouco exigentes em termos éticos e
doutrinariamente descomplicada.



Os neopentecostais conservam do pentecostalismo clássico o estilo de culto fortemente emocional, voltado para o êxtase, com papel de destaque para a glossolalia, o exorcismo e o milagre, visados sempre como resultados palpáveis a ser experimentados de imediato.




Em meio à infinidade de igrejas pentecostais de tipo clássico existentes no Brasil, as maiores são :


CONGREGAÇÃO CRISTÃ DO BRASIL 
(desde 1910);
ASSEMBLÉIA DE DEUS  
(desde 1911);
IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR 
(desde 1953);
IGREJA PENTECOSTAL  O BRASIL PARA CRISTO  (fundada em 1955);
DEUS É AMOR 
(fundada em 1962);
CASA DA BÊNÇÃO 
(fundada em 1964).



As igrejas neopentecostais mais representativas em tamanho e visibilidade, todas criadas no Brasil, são :




IGREJA DE NOVA VIDA  
(fundada em 1960);
COMUNIDADE EVANGÉLICA SARA NOSSA TERRA 
(fundada em 1976);
IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS 
(fundada em 1977);
IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS 
(fundada em 1980);
RENASCER EM CRISTO 
(fundada em 1986).
































segunda-feira, 4 de setembro de 2017

OS MISTÉRIOS DE UMA DAS RELÍQUIAS DA IGREJA CATÓLICA





In jornal ValeParaibano
 no. 9.066
sexta-feira 28 de março de 1986
 pg. 2

 
  



Uma das principais relíquias para a população católica do mundo inteiro, é o Santo Sudário. 
 
É a prova histórica da existência e da morte de Jesus Cristo na cruz.
 
O texto abaixo é de autoria do professor Jarbas d’Avila Vilela, um museólogo que coletou dados em várias obras, num estudo especial sobre o tema ao ValeParaibano.

 
 
 

A  Época :

 

O lugar onde JESUS  viveu é chamado do “Terra Santa”.  Naquela época era a “Palestina” -  a antiga “Canaã”, ou “Terra Prometida”.  Hoje, a Terra Santa é um país soberano chamado Israel, criado em 1948, que é um pouco maior que o nosso Estado de Sergipe.

Essa região foi o palco escolhido por Deus para realizar a  'história da salvação'.
 

A Palestina era habitada pelos hebreus  -  também chamados “judeus” e “israelitas”.
Eles descendiam do patriarca  ABRAÃO de Ur, contemporâneo do rei babilônico HAMURABI.
Esse povo foi escolhido por Deus para ser o depositário dos “Dez Mandamentos” relevados por Ele a MOISÉS, no Monte Sinai.
 
Constantemente Deus lhes enviava profetas que procuravam mantê-los na observância fiel dos preceitos divinos. 
Assim, a nação judaica manteve-se monoteísta desde a sua origem.



Naquela época falava-se na Palestina a língua aramaica, muito parecida com o hebraico : idioma original dos judeus. 
Usava-se também o grego e o latim, pois cerca de sessenta anos antes de Cristo, a Palestina  fora conquistada pelos romanos.
 
 
No tempo do nascimento de JESUS o governo estava nas mãos de HERÓDES, que obteve dos romanos o título de “rei”. 
Para conciliar a simpatia dos judeus, mandou reconstruir o templo de Jerusalém.  Pouco depois, HERÓDES dividiu o reino entre seus filhos ARQUELAU, HERÓDES ANTIPAS e FELIPE.
No ano 6, ARQUELAU foi destituído e seus territórios passaram às mãos de um “Procurador” romano.
Na época da condenação de JESUS era PÔNCIO PILATOS quem exercia esse cargo de “Procurador”.

 
 
 

Relíquia cristã :

 

Inúmeros fatos arqueológicos e históricos, somados aos relatos evangélicos, evidenciam que o “Santo Sudário” -  é o mesmo lençol, comprado por JOSÉ  DE  ARIMATÉRIA, para servir de mortalha ao corpo de Jesus morto na cruz  (Matheus, 27 : 57-60). 
 
Esse pano está decalcado com marcas de sangue, de cor carmim malva  e não apresenta nenhum sinal de desintegração. 
 
As marcas de sangue, encontradas no sudário, mostram
o número de chicotadas que JESUS levou,
a coroa de espinhos a envolver toda Sua cabeça,
as contusões provocadas pelo peso do “patibulum” da cruz que levou às costas,
as três quedas a caminho do Calvário,
a técnica da crucifixão,
as Suas posições na cruz,
a chaga no lado direito do peito,
a deposição da cruz,
o acomodamento do lençol sobre o corpo,
as moedas postas sobre os olhos e
o tempo que permaneceu sepultado. 
 
As marcas de sangue intactas demonstram que esse cadáver não conheceu a corrupção  -  pois isto também teria comprometido a integridade do lençol.



 


 
O “Santo Sudário” é o documento original da paixão de CRISTO -  é a maior relíquia da cristandade.
 
O “Santo Sudário” é o lençol, manchado com o Seu sangue, que foi deixado no sepulcro.
 
E ele nos dá testemunho científico de Sua paixão, morte e ressurreição. 
 
O sudário é um fenômeno do século XX. 
 
O progresso científico fez aprofundar o mistério em torno dessa extraordinária relíquia cristã. 
 
Nós sabemos que as ciências nunca se empenham em provar nada: elas apenas descrevem como os fenômenos se processam. 
 
Só agora, pessoas cultas e de bom senso começaram a aceita-lo como um objeto autêntico e lhe reconhecem incomparável valor histórico, bíblico e religioso. 
 
O Papa SIXTO IV, em 1464, já considerava o sudário uma relíquia legítima.

 
 
 

A História  :

 

A história do sudário é obscura em seus primórdios, pois raramente é mencionado nas fontes anteriores ao século VI.
 
 
A tradição conta que ABGAR V, governador de Edessa no 1o. século, escreveu uma carta a JESUS pedindo-lhe que fosse cura-lo da lepra.
 
Jesus respondera que não iria mas enviaria um discípulo Seu. 
Tudo indica que, depois de sua paixão e morte, o discípulo JUDAS TADEU levou ao rei um pano onde aparecia a imagem de CRISTO :  ao vê-lo ABGAR ficou curado e implantou a fé cristã em sua cidade. 
 
 
Esse pano ficou conhecido como mandylion (a mortalha)  -  e foi encontrado em 525, escondido na muralha de Edessa (hoje Urfa, no suleste da Turquia).


Em 944, ROMANUS LECAPENUS o arrebatou para Constantinopla. 
 
Mais tarde, o imperador JUSTINIANO construiu uma catedral para a mortalha e ela sobreviveu às devastações iconoclastas dos séculos 8o. e 9o. 
 
Em 1204, o pano desaparece de Costantinopla ... só surgindo em 1357, através de uma exposição pública em Lirey, na França, e como propriedade da família de  GODOFREDO DE CHARNY. 
 
Depois, o sudário foi doado à poderosa família SABÓIA e em 1578 foi transferido para Turim, pelo duque MANUEL FELISBERTO, após sobreviver a um incêndio na capela de Chabéry. 
 
Com a morte do ex-rei da Itália HUMBERTO II de Sabóia, o “Santo Sudário” passou a ser propriedade da Igreja Católica Apostólica Romana, conforme cláusula do seu testamento. 
 
O “Santo Sudário” permanece dobrado e fortemente guardado numa preciosa caixa de prata esmaltada, colocada no altar da Capela Real da Basílica de São João Batista em Turim, na Itália.
 
Ele não fica exposto à visitação pública e é raramente exibido: mais ou menos uma vez em cada geração.

 
 
 
 
Cópias  :

 

Durante a Idade Média,  vários pintores copiaram o sudário.
 
Os historiadores mencionam mais de quarenta reproduções.  Todas elas eram reconhecidas como cópias elaboradas na época.
 
As relíquias constituíam parte importante da espiritualidade popular da Idade Média e aqueles que iam vê-las não ficavam perturbados por questões relativas à autenticidade delas, como acontece conosco hoje em dia. 
 
Apesar de serem cópias grotescas e deformadas, são úteis documentos que mostram os vários estragos que o tecido original sofreu em incidentes através do tempo.

 
 
 

O termo  :

 

O uso da palavra  'sudário'  é incorreta. 
 
O “sudarion” era um pano de pequenas dimensões que amarrava o queixo dos defuntos naquela época. 
A palavra síndone deriva do grego “sindon” -  e significa lençol.
 
Quando SÃO PEDRO e SÃO JOÃO entraram no túmulo vazio de JESUS, viram o sudário dobrado e colocado em um lugar à parte.
Houve algo nessa cena que convenceu os apóstolos que o corpo não fora roubado, como dissera MARIA MADALENA. 
Essa descoberta provocou a crença ... a fé na ressurreição.

 
 
 

A fé decifrada  :

 

As investigaçòes com o sudário se processam desde 1969, quando uma comissão de peritos foi encarregada de estudá-lo. 
 
Mas a primeira e mais surpreendente fotografia dele foi tirada em 1898, por SECONDO PIA. 


 
Desde então, o sudário foi também
fotografado a cores,
a termografia e fluorescência do Raio-X,
a reflexão ultravioleta,
a isodensidade,
a micrografia
e eletronicamente  (através dos processos digital, tridimensional e de decomposição). 
 
 
 
 
Foi examinado
por espectroscopia,
por peritos em indústria têxtil e em falsificações,
médicos,
criminologistas,
hermatologislas,
botânicos,
historiadores,
arqueólogos,
biofísicos,
teólogos e
microquímicos.


 

O sangue  :

 

A microespectroscopia comprova que há realmente sangue no sudário.
A análise feita por fotografia e fluorescência ultravioleta corrobora esse fato. 
Irradiações de Raio-X constataram presença de ferro nas áreas manchadas de sangue.
O ferro dá ao sangue a coloração vermelha e é uma das propriedades da hemoglobina. 
 
Cada ferimento que aparece no sudário sangrou no modo correspondente à natureza da chaga e em cada exemplo o sangue acompanhou o fluxo da gravidade.
 
O mais impressionante é que não há nenhum vestígio de sangue ou da figura no lado avesso do tecido. 
 
O sangue do sudário permanece insolúvel e resistente aos ácidos que usam para dissolvê-lo.

 
 
 

A figura  :


 

A figura que aparece gravada no sudário é resultante da deteriorização da celulose  (a celulose é o material vegetal que constitui as fibras do linho). 
 
O que o olho humano percebe como figura é uma coloração desmaiada e amarelada nas fibras de linho que formam os fios do tecido. 
 
Os fios têm, em média, 15 cm. de diâmetro. 
 
A figura é bem superficial: está impressa nas fibras mais externas e não penetra cada fio isoladamente. 
 
Apenas na área da figura, as fibras de celulose ficaram desidratadas.

 
 
 

Monocromia  :

 

A imagem que aparece no sudário é monocromática : a descoloração amarela das fibras têm a mesma cor em toda a figura.
 
O que se vê como diferenças de cor são diferenças na densidade das fibras desbotadas. 
 
Elas são mais escuras porque contêm mais fibras desbotadas do que as áreas mais claras. 
 
O estranho fenômeno que produziu a figura no sudário, “envolveu uma ação de Deus”, que se acha fora das leis da natureza.

 
 
 

Propriedade tridimensional  :

 

As diferenças de intensidade ou densidade da figura do sudário estão relacionadas com a distância entre o corpo e o tecido. 
 
As partes do corpo que não estiveram em contato direto com o tecido também aparecem reproduzidas  -  e isto é um dos mistérios do sudário. 
 
A imagem não apresenta nenhuma distorção, nenhum contorno e possui uma informação tridimensional. 
 
Através de codificações dos Sistemas UP-8 de Interpretação do Laboratório de Propulsão a Jato da Califórnia, pudemos ter uma imagem do sudário em alto relevo.

 
 
 

Como era Jesus  :

 

Segundo o sudário, JESUS tinha 1,81m. de altura e pesava uns 79 kg..
 
A julgar pela boa constituição física, devia ter 30 a 35 anos de idade à época de sua morte. 
 
O estilo da barba e o cabelo longo, partido ao meio, identifica-o a um judeu. 
 
Além disso, usava uma espécie de trança enrolada e presa na nuca :  este é o mais surpreendente traço judaico que aparece na síndone. 
 
O uso de trança era uma das formas mais comuns dos judeus trazerem seus cabelos arrumados.
 
Seu rosto circunspecto, do tipo semítico, “irradia a majestade e a paz do nosso mestre salvador”.

 
 
 

A Medicina e o sudário  :

 

A exatidão anatômica da imagem do sudário surpreendeu os peritos em Medicina do nosso século :
o contorno nítido dos ferimentos,
a precisão dos fluxos de sangue,
a sua coagulação característica e
a separação entre o soro e a massa celular,
são traços inconfundíveis. 
 
O homem do sudário está enrijecido pelo rigor mortis. 
 
A perna esquerda está repuxada para cima ;
a cabeça inclinada e fixa,
o abdome intumescido. 
 
A lança que abriu-lhe o lado, penetrou seu coração. 
 
A crucifixão envolve asfixia : mas é difícil detectar uma causa única da morte de JESUS, mediante torturas brutais como as que recebeu. 
 
A morte por asfixia é lenta.
 
O peso do corpo causa uma contração dos músculos do peito, provocando muita dor. 
 
Os músculos peitorais e intercostais se paralisam  e a vítima não consegue expelir o ar para fora dos pulmões. 
 
Ela consegue inspirar, mas não expirar. 

 
 
 
 

Superstição  romana  :

 

Os romanos acreditavam que os pregos usados na crucifixão tinham grandes poderes na cura da epilepsia, da febre, de inchações e de feridas. 
 
Por causa dessa superstição, os pregos raramente permaneciam no corpo das vítimas de crucifixão.

 
 
 
 

Falsificação  ?

 

A habilidade humana não pôde criar a imagem do sudário, por mais experiências que fizeram. 
 
As análises científicas tornaram impossível qualquer tipo de falsificação. 
 
O sudário não foi pintado: não há tinta, nem marcas de dedos, de pincel ou de direcionalidade na figura. 
 
Os exames microscópico e eletromagnético do sudário revelaram que nenhuma substância corante se acha presente no tecido. 
 
O incêndio de 1532 teria esmaecido ou desfeito uma pintura pela queima das tintas; a água teria misturado as cores ou feito que desaparecessem.
 
Se o lençol foi pintado, os céticos modernos, usando a tecnologia analítica mais sofisticada do século XX não conseguiram detectar o trabalho desse estupendo falsificador, o maior de todos os tempos !

 
 
 

Anomalias  :

 

Fenômenos curiosos do sudário são a falta de distorção da imagem e a ausência de qualquer contorno nela. 
 
Há somente pequenas anomalias :
o ombro  direito aparece ligeiramente mais baixo que o esquerdo  (e isto é mais evidente na imagem dorsal)  e
o comprimento desproporcional do antebraço direito. 
 
Serão estas as precisas indicações de ter sido o homem do sudário um carpinteiro ?

 
 
 

Pintura  em “negativo”  :

 

Se a imagem do sudário fosse uma pintura, ela se afastaria substancialmente das tradições da arte medieval cristã. 
 
O sudário revela um grau de conhecimento médico e anatômico que ninguém do século XIV possuía. 
 
A figura corresponde aos relatos evangélicos sobre a morte de JESUS, às práticas romanas de crucifixão e aos costumes judaicos de sepultamento. 
 
Ele é único e original. 
 
É um “negativo fotográfico” perfeito. 
 
Quem foi esse artista, maior que DA VINCI e MICHELANGELO, que pintou uma obra que só poderia ser apreciada em outros séculos, com a invenção da fotografia e de outras técnicas analíticas sofisticadas ? 
 
Um cientista afirmou que “precisaríamos mais que um milagre para apresentar o sudário como uma farsa e não como um objeto autêntico”.
 
Nenhum pintor, em sua obra mais perfeita, jamais alcançou tamanho grau de exatidão”- P. VIGNON.
 
Será que alguém se escandaliza por existirem vestígios da vida terrena de Jesus ?

 
 
 

Um lençol de linho  :

 

O urdume do linho do sudário foi tecido em forma de “espinha de peixe” ou em ziguezague três-por-um. 
 
Entre os fios da trama do lençol, o diretor da polícia de Zurique, Dr. MAX FREI, descobriu o pólem de plantas halófilas que só aparecem no Vale do Jordão e na estepe da Anatólia, na Turquia. 
 
Essa significativa descoberta da Palinologia vem provar que em alguma época de sua história o sudário foi exposto ao ar livre da Palestina e da Turquia, antes de suas peregrinações pela França e Itália, depois do século XIV. 
 
Nesse fios também havia pequenos traços de algodão  -  e isso nos leva a duas conclusões :
o lençol é originário do Oriente Médio e
foi confeccionado em tear também usado para o algodão. 
 
A Mishná afirma expressamente que o algodão podia ser misturado ao linho, sem transgredir nenhuma lei judaica.

 
 
 

O sepultamento  :

 

A Mishná, ou Código da Lei Judaica, estabelecia que as pessoas executadas pelo governo ou pelo Estado e aquelas que morriam de morte violenta, tinham de ser sepultadas dentro de um único lençol e a lavagem do seu corpo estava proibida.
 
O corpo do homem do sudário não foi lavado e não teve seus cabelos e unhas cortados, segundo o processo normal de sepultamento. 
 
SÃO JOÀO diz que o corpo de JESUS foi apenas envolvido no lençol com uma grande quantidade de mirra e aloés, antes do sepultamento. 
 
E tudo foi realizado muito às pressas, pois as cerimônias pascais estavam por começar.



O corpo morto de JESUS não se decompôs enquanto esteve envolvido pelo sudário. 
 
Num ambiente de Oriente Médio na época de JESUS, costumava ocorrer uma forte decomposição até em quatro dias apenas.
 
O corpo de LÁZARO, com esse tempo , já exalava forte cheiro , segundo os testemunhos.



Os exames morfológicos das manchas de sangue do sudário indicam que o corpo de JESUS não foi mexido, nem desenrolado, nem reenrolado. 
 
As manchas, causadas por contato direto, estão intactas.
 
Se o tecido houvesse sido removido, ter-se-iam desfeito ou espalhado. 
 
JESUS saiu do sudário por força própria e certamente deixou às ciências fotográficas e biológicas do nosso século o privilégio de nos revelar o segredo miraculoso que encerra o “Santo Sudário”.

 
 
 

Chamuscadura  :

 

Os cientistas ainda não conseguiram uma explicação totalmente natural para a formação da imagem no sudário. 
 
É difícil ainda determinar, cientificamente, como a imagem chegou ao tecido. 
 
 
Pode-se supor que, na escuridão do túmulo, jazia o corpo de JESUS, envolto no lençol, sobre uma laje de pedra. 
De súbito, ocorreu nele uma explosão de misterioso poder  -  uma irradiação de alta energia produzida por luz ou calor, do corpo para fora.  Nesse instante, o sangue se desmaterializou, dissolvido pelo brilho, enquanto sua imagem ficou indelevelmente chamuscada no tecido, conservando um verdadeiro  flash  da ressurreição.


O “Santo Sudário” foi criado por uma espécie de milagre e permanece um mistério -  não existe uma explicação científica para ele. 
 
Os cientistas podem descrever as características da figura, porém não como se chegou a ela. 
 
Eles são unânimes em concluir que o sudário é um artefato arqueológico real e apresenta fatos importantes sobre as causas físicas da morte de JESUS. 


O sudário não é um objeto de fé, mas de investigação científica. 
 
Certamente ele foi preservado até hoje para que sirva de estímulo à nossa fé, numa época de tantas dúvidas, descrenças e ceticismo. 
 
O sudário pode despertar e ajudar a construir a nossa fé : afinal, é o mais precioso documento da vida terrena de JESUS.

 
 
 

Ressurreição  :

 

JESUS predisse sua ressurreição bastante tempo antes dela se realizar. 
 
A ressurreição de JESUS é o ponto centro vital da fé cristã. 
Os chefes judeus não conseguiram proibir nem desdizer esse fato, embora tivessem motivo e poder para negá-lo. 
 
As vidas dos discípulos se transformaram à partir do momento em que creram que JESUS estava realmente vivo. 
 
Seus testemunhos oculares e suas mensagens consistiam na afirmação de que JESUS ressuscitára  dos mortos. 
 
E hoje, através do “Santo Sudário”, temos a possibilidade de apresentar esse mesmo anuncio de uma forma científica.




O Evangelho de SÃO JOÀO conta que TOMÉ não acreditou em JESUS ressuscitado, sem antes ver e tocar as Suas chagas. 
 
A nós, também incrédulos e materialistas, diz JESUS através do sudário : 
“Ponha o seu dedo aqui e veja as minhas chagas.  Estenda a sua mão e toque no meu lado.  Não seja você incrédulo, mas tenha fé.  Você acreditou porque me viu.  Bem-aventurados os que creram sem ter visto”.

 
 
 
 

Conclusões  :

 

O “Santo Sudário” foi escrito com sangue, antes dos Evangelhos. 
 
A escritura do “Santo Sudário” vem sendo decifrada com o auxilio das ciências. 
 
No “Santo Sudário” tudo está em perfeita harmonia com os Evangelhos e com o capítulo 364 das Leis sobre o Luto da Mishná judaica. 
 
 

Durante Sua vida JESUS nada escreveu, mas deixou esse admirável e único documento, escrito com caracteres de Seu próprio sangue. 
 
E deixou também estes dois severos Mandamentos: 
Amarás a Deus com todo o teu coração e amarás teu próximo como a ti mesmo”.
 
 

Esse Homem prometeu voltar !
 
 
 


 
 
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ADENDA

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