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segunda-feira, 12 de março de 2018

FUNDAMENTOS CRISTÃOS


Vamos falar bem sério ? 

Ser um cristão autêntico é tarefa dificílima e árdua ! 

Requer atenta leitura sagrada e uma conexão fiel constante ...com os ensinamentos de Jesus Cristo. 

Ser cristão é "viver o Cristo", em todos os momentos e situações da vida...

 























  


JESUS  CRISTO
foi o maior agente de mudanças da História da humanidade.

Ele quebrou a espinha dorsal do Judaísmo ;
Introduziu um novo modelo mental, novas estruturas e padrões de comportamento ;
Mexeu com o espírito e a alma do ser humano,
Tornou o limitado em ilimitado,
o finito em infinito,
o inatingível em atingível,
Mostrou a porta de saída das nossas limitações
e o caminho para a vida eterna.



Cristo também quebrou paradigmas :

Puxou Deus para a esfera humana, chamando-O de  "Pai".

Disse que Deus se interessa pelo bem-estar de cada pessoa : "o Pai sabe do que necessitas".

Quebrou o monopólio elitista de classes privilegiadas, criando um relacionamento pessoal e intransferível com o "Pai".

Valorizou as pessoas e principalmente as mulheres :
o povo passa a ter vóz e ser reconhecido como gente.



Suas transformações foram tão fortes, que até o calendário foi dividido em duas partes : AC - antes de Cristo  e  DC - depois de Cristo.

A contagem do tempo é decrescente até o nascimento de Cristo e crescente, depois dele.




Cabem aqui algumas reflexões :

"Onde estiver seu tesouro, aí está seu coração".
Há pessoas que não sabem transformar dinheiro em bênçãos para si próprio e para os outros.  
Como você usa o dinheiro que ganha ?    
Como gasta ?  
Onde gasta ? - isso diz muito sobre você mesmo, seus princípios e valores.

Que tipo de tesouro você tem cultivado (semeado) ? 
'Cultivar' aqui, é aquilo que você coloca na sua mente (=semente).
O que semear, colherás.
O que você semeou e está colhendo ?
Diz o velho ditado :
"Quem semeia ventos colhe tempestades !"
Com quais raciocínios você convive ?
Quem são as pessoas e situações que alimentam essas suas idéias ?


"...porque da abundância do teu coração fala a tua boca".
Presta atenção nos assuntos que você conversa...
"Por tuas palavras serás justificado ou condenado".
Palavras têm poder , pois expressam sentimentos, aspirações e desejos  :  elas materializam coisas.
Perseverar e acreditar nelas, acabam corporificando.


Nós adotamos hábitos  : são comportamentos e atitudes que incorporamos, adicionamos a nós mesmos.
Não nascemos com eles.
Se pensamos com otimismo, adotamos hábitos de
coragem,
sucesso,
felicidade,
alegria.
Se pensamos com pessimismo, somos pessoa medrosa, fracassada, infeliz, sisuda.


O olhar é o reflexo da alma e revela a vida interior que você professa.
Se está cheio(a) alegria, felicidade, o seu olhar irradia todo seu entusiasmo  (palavra derivada do grego "en téos" = Deus dentro de si).


Por fim,

"Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és."
Com quais tipos de pessoas você tem andado ?
Qual o ideal, os objetivos delas ?
Você é exatamente igual aos seus três ou quatro amigos mais íntimos :
vencedor,
fracassado
ou derrotado.
"Aves iguais voam na mesma altura !"





Conheça os "outros" Evangelhos :














 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

CONFUCIONISMO -

in
GAARD, JOSTEIN, 1952 -
O Livro das Religiões 
S.Paulo : Companhia das Letras, 2000.








Até 1911 a China foi uma potência imperial onde o imperador reinava acima de tudo : era considerado o representante do país diante do supremo deus  Céu  -  ao mesmo tempo era o filho do Céu na Terra.

O próprio imperador realizava o sacrifício ao Céu no ‘Templo do Céu’, em Pequim, a capital.  Fazia ainda sacrifícios às montanhas e aos rios sagrados da China.

O Império era uma sociedade hierárquica com líderes permanentes.
À frente da administração havia uma elite de funcionários altamente letrados, os  ‘mandarins’.

Sua ideologia era o confucionismo  -  um conjunto de pensamentos, regras e rituais sociais desenvolvidos pelo filósofo  K’UNG-FU-TZU  (ou, na forma latina, CONFUCIUS)  cujas doutrinas prevaleceram na China até a queda do imperador PU-YI, da dinastia Manchu, que abdicou, durante uma revolução.
Veja o filme de Bernardo Bertolucci – “O Último Imperador”.
CONFÚCIO  também formulou normas para a vida religiosa, para sacrifícios e os rituais.

O confucionismo era uma religião estatal praticada pela elite e pelas classes dominantes. Mas ela não se disseminou muito entre as massas : as camadas mais amplas da população.

Assim como o imperador, em seu palácio, ficava afastado das pessoas comuns, o Céu era remoto e impessoal para a grande massa dos chineses pobres, trabalhadores e camponeses.
A religião dos pobres era a adoração dos espíritos, particularmente dos antepassados  -  religiosidade carregada de magia e traços de outras religiões.
As grandes potências da Europa constituíram uma ameaça para a independência econômica e política do país, o que explica, em parte, a tendência isolacionista e o ceticismo em face dos impulsos vindos do exterior.

Os intelectuais atacavam a religião popular, acreditando que esta era um obstáculo para a ciência moderna e o moderno pensamento político.

Isso levou alguns a tentarem um reavivamento e uma modernização das antigas religiões, ao passo que outros desenvolveram um interesse maior por idéias não religiosas vindas do Ocidente.


Em 1911 a China tornou-se uma república.
Porém as condições políticas se mantiveram instáveis por causa de uma guerra civil e da guerra contra o Japão.
Em 1949 os comunistas tomaram o poder.


  

CONFÚCIO
551-479 aC.
É provável que ele tenha nascido numa família aristocrática empobrecida.

Recebeu uma boa educação e se tornou um sábio, atraindo muitos discípulos.

Algumas de suas interpretações da filosofia antiga e das tradições, em especial quando ele tocava em assuntos relacionados à ética e filosofia social, foram inovadoras.

CONFÚCIO acreditava que o  Céu o escolhera para revitalizar a cultura e a moralidade estabelecidas pelos sagrados imperadores em tempos antigos.

Contudo, ele não organizou suas idéias em nenhum sistema simples, nem as registrou ele mesmo, motivo  por que eles chegaram até nós apenas por meio dos escritos de seus discípulos, que difundiram e ampliaram suas idéias.

O confucionismo acabou se tornando uma espécie de religião estatal da China, chegando mesmo a atacar outras religiões como o budismo e o taoísmo.

O termo abrange uma série de idéias filosóficas e políticas que formavam os pilares do governo e da burocracia da China imperial.
Foram construídos templos em honra a CONFÚCIO e se ofereciam sacrifícios a ele na primavera e no outono, assim como se ofereciam ao Céu.

É típica dessa tradição sua visão política pragmática, a educação dos filhos, o papel do indivíduo na sociedade, as regras de conduta, etc...

Seu interesse pelas questões religiosas e metafísicas é muito menor.
Uma das idéias fundamentais é que a natureza e o universo estão em harmonia, e que isso deve se aplicar também ao homem.

O  tao’  é a harmonia predominante no universo, o relacionamento bom e equilibrado entre todas as coisas.
Essa harmonia é um modelo para a sociedade, onde o indivíduo deve tentar viver em compreensão e harmonia.  
Isso pode ser atingido se seu ser interior estiver em consonância com o  ‘tao’  -  então ele encontrará o incentivo necessário, o  ‘te’  :  o caminho certo para a ação.

A fim de alcançar a harmonia com o  ‘tao’, o homem precisa de conhecimento e compreensão, o que ele pode obter estudando o passado, a tradição.
Esta ensina-lhe as regras de comportamento correto, a celebração fiel dos rituais e das cerimônias religiosas, o seu devido lugar na sociedade.
CONFÚCIO via o homem como naturalmente bom e pensava que todo mal brota da falta de conhecimento.
A educação, portanto, implica transmitir os conhecimentos corretos.
O lugar do indivíduo na sociedade é regulado por 5 relações :
entre senhor e servo,
entre pai e filho,
entre mais velho e mais jovem,
entre homem e mulher,
entre amigo e amigo.
Isso significa que
o soberano deve ser bom
e o servo deve ser leal,
que o pai deve ser amoroso
e o filho respeitador,
o homem deve ser justo
e a mulher obediente.
O ideal para todos os homens e os conceitos mais importantes para CONFÚCIO são :
piedade filial,
respeito,
reverência.
CONFÚCIO não se opunha de modo algum à religião popular e não duvidava que os deuses e os espíritos existissem.

Acreditava que um ser sobrenatural o inspirava :  “O Céu deu à luz a virtude dentro de mim”.

Só que o Céu para ele não era um deus pessoal.

Ele não fundamentou sua ética em mandamentos morais transmitidos por Deus.
  
O mais importante para CONFÚCIO era que os deuses deviam ser cultuados adequadamente, que os rituais, os sacrifícios e as cerimônias deviam ser realizados corretamente, pois isso demonstrava a piedade filial da pessoa.

Mas ele não estava interessado em assuntos religiosos ou metafísicos.

“Mostre respeito pelos deuses, mas mantenha-os à distância”.

E quando lhe perguntaram sobre a vida após a morte, respondeu :

“Quando não se compreende nem sequer a vida, como se pode compreender a morte” ?
 

Rockbund Art Museum of Shanghai :
estátua de Confúcio, confeccionada pelo artista chinês ZHANG HUAN, em silicone, aço, carbono e tinta acrílica.